segunda-feira, 1 de outubro de 2012

IV

"Sou eu, um animal mutante
Sem nome e preso nas selvas da cidade

Nem de longe o recalque me afeta
Tão acostumado animal com a dor

Ser de alguém não me faz pessoa
Mas ser de mim mesmo me faz animal
Irracional, débil mental, quem se importa?
Ser de mim é o que me faz assim

Plantada em cravo da dor
Firo quem me tenta ferir
E sem sentir dó nem pena
Largo-o sangrando a espinha em meio a calçada



Animal mutante da cidade lenta
Cidade plena ou cidade morta
Quem disse que entro no orta
Se animal solitário e pleno eu sou?"

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