"No silencio das ondas do mar
espero teu bafo quente
me embebedando de água e sal
Tua mão leve de bigorna
abre lentamente as pernas de minha mente
horrorizando meus parentes
criados na moral cristã-burguesa
Vejo no horizonte um navio
que espera pra entrar
em teu porto fantasma
deserto como um bode quente
saído do caos
Os poetas morreram
na praça Gonçalves Dias
onde o por do sol era mais laranja
do que no espigão
recém-nascido na península
invadida pelos sonhos de uma sociedade morta"