domingo, 30 de setembro de 2012

III

"O rancor me consome, o ódio me destrói.
Tua indiferença me arruína e tua cara de pau me deixa pasma.
Como poder viver à tua sombra sem poder te ferir?

E sofrer sem demonstrar?

Esquecerei de ti, de mim, de tudo!
...Apenas por um instante.
Depois reconhecerei perante todos minha fraqueza
Mas não para me expor, mas para me fortalecer.

Descobrirei teu segredo mais íntimo, te marcarei à ferro e fogo
Tentando domar-te à minhas torturas.
Te farei engolir em seco todas tuas palavras chulas

E te obrigarei a dançar na brasa incandescente das estrelas.

Mais uma vez tua presença me fere
Mas já fortifiquei-me esperando mais um coice teu
Para que toda essa energia desperdiçada por ti
Volte-se contra e te parta a alma."

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