sábado, 29 de setembro de 2012

I

"Entranhada entre tuas vísceras estava
Esperando tua brisa doce conjurar-me.
Jurei-me atormentada que jamais ousaria pronunciar teu nome,

Jamais voltaria novamente minha face a teus lindos olhos.


Esperei sete milênios ao redor de teu cosmo inflamável,
Aguardando tua saída desse mundo infame.
Vi teus azuis olhos possuírem outro turbilhão de sonhos.
Mas tu não me vias, ninguém me vê.

Vidraças estilhaçadas pelo ódio me rodeavam.
Nada mais que meu ego e meu orgulho preenchiam o meu ser.
Teu heroísmo fajuto estampa as telas das mentes alienadas,
Curando o vazio daqueles que não me conseguem compreender.

Não há mais nada escondido em mim,
Nada que possa curar-me deste torvelinho de hipocrisia.
Mas tua mente medíocre não consegue enxergar os pequenos detalhes do meu rosto.
A vida continua perplexa com as aparências."

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