"Pouco me sinto
Lixo, tão só
Com mordaças de mundo
Uma deturpação de sonhos
A consciência repelida
Na selvageria insensata
Bloqueio emocional compulsório
E uma obrigação doentia de ser forte
O mundo chora e ninguém ouve
O soluço manso de um peixe
Criança titelosa
Na beira da esquina
Espera o bonde de doce
Não há história que se sustente
Na fome perpetuada
Não há memória digna
De santa ceia cristã
Encerram-se aqui os batimentos
E a flor da fome se abre
Ao amanhecer"
Nenhum comentário:
Postar um comentário