quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Quase um conto da folha

"Prata e metal
Pedra sobre pedra
Não restará sequer
um suspiro de rancor
A agonia que me consumiu
agora não deixa nenhum
vestígio sequer
na leveza que sinto

Corpo leve
Mente sã
E a boca limpa
perfumada e bem cuidada
à espera do próximo calor de estação

O amor nada mais é
que uma folha que cai
do topo da árvore mais alta
Demora... demora
mas um dia cai

Mas se um vento vier, ela volta a alçar vôo e subir talvez mais alto do que já chegou.
Esse é o ciclo da eternidade.

Cai novamente

Mas seu ápice jamais será esquecido e o amor pode só sobrar a lembrança.

Mas se só lembrar o amor
A folha mesmo caída se transformará

E transformada uma nova vez, volta a ser folha prestes a se desprender do galho e pronta para um novo vôo livre ao vento."

Nenhum comentário:

Postar um comentário